Pigmaleão
Venho aqui proclamar o meu desgosto pelas mulheres. Criaturas de coração volátil e infiel por natureza; os seus humores aquecem-lhes o ventre com a facilidade de um qualquer olhar viril, ou na convivência mundana, qualquer vislumbre de veneal exuberância masculina as faz ceder a lânguidos rubores, encher-se de humidades e, de fácil sorte, entregar toda a virtude. Eu, Pigmaleão, escultor de profissão, muitas vejo por estes dias, por frondosos bosques, vendendo a troco de quaisquer surradas quartas de cavalo, seus dotes, em blusas de cetim-leopardo e sorvendo galões de geriátrico sémen pelos dentes podres. Sinto repulsa por essas propoétides, pois procuro a beleza perfeita e o amor fiel, que se já não encontra senão nos romances e na contemplação da beleza da figura feminina pintada ou esculpida. Fiel como Galatéia, doce companheira, a minha boneca de borracha, que fiz amorosamente de velhas câmaras-de-ar de rodas de tractor. Com seus olhinhos meigos, pestanudos e com lânguido olhar, entreabre a sua boquinha cândida fazendo sempre aquele inocente ‘O’ de espanto e por me ver embevecido de amor. Claro que a tenho de ir despejar, pois vai-se enchendo de esperma até esguichar pelos mal colados remendos de bicicleta que lhe vou pondo. Abro o pipo em recôndito lugar na mata e despejo os fermentícios líquidos no meio dos cartões, da poias e dos amontoados de ‘kits’. E volto para casa para me unir ao seu quente amplexo depois de lhe despejar uma cafeteira de água a ferver no pipo da cabeça. Ah, Galatéia, foras tu de carne e osso, saberias o quanto te amo. Pudesse Vénus saber ao menos, o quanto meu coração se aperta por esta doce e já surrada boneca que guardo bem dobradinha num caixote de Super-Pop Limão na parte de trás da barraca… É com amor que a encho todas as noites afincadamente com a bomba da bicicleta. Fica rijinha e submissa ás minhas libidinosas investidas e apenas me desgosta uma rebarba do molde no buraquinho rectal que me arranha o marsapo e também os fungos e o nauseabundo cheiro que deita, apesar de escrupulosas lavagens mensais com creolina.
Hoje acordei a seu lado e não queria acreditar no que viam meus olhos, tal a comoção. Vénus, misericordiosa ouviu as minhas preces. Vivia, de carne e osso, Galatéia, em meu leito, ao meu lado. Espreguiçava-se e olhava-me sorrindo. ´ Fazes-me o pequeno-almoço, Piguizinho querido? E já agora mete a roupa na máquina e passa a loiça por água’. ‘ Sim, meu amor’ – digo-lhe ainda incrédulo. ‘ E tenho de te dizer que a partir de hoje, por trás, já não pode ser’. ‘ Está bem, anuí’. ‘E arranja a barraca, se fazes favor, que vi uma ratazana entrar por um buraco mesmo agora’. Estendi a mão para seu seio e tentei acariciá-la, mas repeliu-me. ‘ Não me apetece. Estou cansada. Vai antes ás putas e de caminho traz-me um panfleto de coca que estou a ressacar. E compra vinho’.
Em grandes trabalhos e sofrendo sempre de frustrados intentos carnais, me vejo agora com Galatéia, que passa os dias na minha barraca com os amigos enquanto eu limpo fossas sépticas em part-time, para lhe comprar droga, preservativos e lubrificantes anais mentolados, dos quais não usufruo nunca. São os meus únicos prazeres os momentos que passo atrás das árvores, dedicando-me a um malsão onanismo retrógrado, pensando na minha felicidade passada com a Galtéia de borracha.
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
AS METAMORFOSES DE ASSENTO DA SANITA- II
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39 comentários:
Pop-Caralhudo
A MANECAS CURTE COITUS INTERRUPTUS!
Escreveram-me esta merda na poeira acumulada do vidro traseiro do meu carro.
Suponho que seja uma forma subtil e pretensiosa de dizer 'lava-me, porco!'
Epá, AdaS, tu és um dos gajos d'O Meu Pipi, só pode. :D
Off topic:
chOURAS,
Sobre o que disseste na outra caixa de comentos: tu pensas mesmo isso que escreveste sobre a MFL? E sobre o facto de ela achar que a comunicação social não deveria seleccionar as notícias que divulga, o que achas?
g2,
Eu adoro este país mas hás-de reconhecer que isto pouco mudou desde o Conde de Abranhos...
PS - Olá, dum dum ;)
Eu prefiro o coito auricular.
Eu cá gosto de cu...
Eu também gosto do meu.
olha que giro, ali o 9 fin9nho...
do teu não gosto... gosto daqueles com grandes lábios ao lado.
Sim, um gajo depois tem de se limpar nalgum sítio.
Excelente texto, Adas.
a tersus vagina est alius patella
podes crer...
Ego contemno immunda vaginas
errr... achas?
Booberella, não reconheço nada disso que dizes.
Ainda bem que gostas , pá. Sabes se as bonecas insufláveis são muito caras?
Alguma menina se oferece para minha boneca insuflável? Enviar foto corpo inteiro. Pago a 90 dias. Mas pago.
Afinal de contas não falam e quem achar que isso não é uma maravilha que atire a 1ª pedra.... Pode ser uma de haxe.
Ao fininho só lhe falta o pipo... coisinha mai'linda!
O Maravilha és tu, ó Maravilhas!
Já vais no 5?????
O mundo é injusto. Porque é que eu não posso operar fonia em 20 metros sem fazer o exame de telegrafia? Hã?
Há estalines em todo o lado, porra.
vou na broa... tou aqui tou na cona da tua prima.
Estás no bom caminho.
O Maravilhas é o meu GPS
Grande
Paneleiro me
Saíste
( . ) ( . )
o famoso sindrome de gepetto
g2,
Pronto. Esquece lá isso.
Só agora li o teu post ADAS.
E além daquilo que tenho a dizer e que já disse, só digo mais uma coisa: quem te mandou ser guloso? Hã?
Booberella, não percebi, pronto. Esqueço o quê e, principalmente, porquê?
Gudmóningue.
... ningue.
Cunimóning
Foda-se.
Bons dias.
chOURIÇO
Anho à Moda de Fajões
Ingredientes:
Para 6 a 8 pessoas
1 anho (borrego)
150 g de banha
3 dl de azeite
5 dl de vinho branco
2 limões
2 cebolas
1 cabeça de alhos
piripiri
colorau
sal
pimenta
Para o recheio
miúdos do anho
150 g de salpicão
200 g de presunto
100 g de azeitonas pretas
1 ovo cozido
1 cebola
1 dl de azeite
farinha de pau
salsa
Confecção:
Limpa-se e arranja-se o anho.
Escalda-se com água a ferver e passa-se por água fria.
Retiram-se a cabeça e as patas.
barra-se o anho com uma papa feita com os dentes de alho, a banha, o azeite, o piripiri, o colorau, o sal e a pimenta.
Entretanto, prepara-se o recheio.
Faz-se um refogado com a cebola picada e o azeite.
Juntam-se os miúdos do anho, o salpicão, o presunto e o ovo cozido, tudo picado em bocadinhos.
Deixa-se refogar um pouco e junta-se a salsa picada, as azeitonas descaroçadas e a farinha de pau necessária para obter um preparado espesso (consistência de recheio).
Coloca-se o anho na assadeira sobre as duas cebolas cortadas às rodelas e recheia-se a barriga com o preparado.
Leva-se a assar no forno, refrescando com vinho branco.
Acompanha-se com batatas assadas, arroz no forno e salada.
Enfeita-se com limões cortados em gomos.
chOURIÇO, áuariu?
Ó AdaS, és uma gracinha! A metamorfose sempre foi um conceito que me fascinou, e a hibernação também! Mas agora a sério“Hades” inventar é um Priapo insuflável, mas quanto ao “enchimento” eu depois dou-te umas dicas … nada com câmaras de ar, nem com remendos, não pode ser um modelo universal daqueles que dão p’a todas, um modelo com um bom potencial em metamorfoses e talvez a capacidade de hibernar …há dias em que só M’inerva.
X’ s Ana
ah ah ah Ana. combinado.
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