segunda-feira, 30 de julho de 2012
MARTELO DE BIFES
Recebi ontem uma curiosa missiva. O seu autor é um conhecido professor de psiquiatria, o Prof. Alberto Marques, que por um qualquer capricho de um motor de busca, acabou por se interessar pelos textos acerca da vida da aldeia e Adozinda. Era uma volumosa epístola dactilografada a um espaço e sem correcções. O que ora transcrevo, em menos de uma página, julgo eu corresponder a uma imagem do essencial da interpelação de Marques.
“Caro Assento da Sanita
(…)
Permita-me dizer-lhe em primeiro lugar, que se diverte a humilhar, despersonalizar – e não exageraria se dissesse - torturar- os seus personagens, submetendo-os a inenarráveis e doentias sevícias. Repare que, emanando da sua própria cabeça, eles mesmos são de algum modo versões metafóricas da sua própria pessoa. E assim sendo, pergunto-me porque se castiga a si próprio deste modo? Se merece castigo é por ser culpado de alguma coisa. Não sou nenhum detective, nem me passaria pela cabeça investigar a sua história pessoal para determinar algum evento menos feliz que possa ser a fonte dessa culpabilidade. Tudo o que posso aventar, dados os indícios seguros presentes nos seus textos, é que: seviciou um cão borrifando-lhe o anûs com aguarrás e o pobre animal fez dois quilómetros a arrastar o rabo para se tentar aliviar do agudo prurido. A aguarrás esguichou-a Alberto, um deficiente mental, incitado por si. Sei que também o convenceu a malhar violentamente com um martelo de bater bifes no tronco de uma árvore , ao que o martelo ressaltou e veio ferir a sua própria testa. Lembra-se de ostentar as marcas na testa, chegar à escola e ter deitado as culpas para cima de Alberto que não se conseguiu defender? Nas contas que Da Sanita fez, na pouca capacidade de resolução de dilemas emocionais que uma criança de seis anos possa ter, sopesaram a vergonha de se apresentar com uma grelha de pequenos hematomas dispostos regularmente na cabeça e, por outro lado, aquela de atribuir as culpas ao inocente Alberto. Percebo que essa culpabilidade o corroeu desde essa altura e agora, com sessenta e oito anos (não me pergunte como cheguei a este número, mas os psiquiatras são pessoas com recursos metodológicos poderosos), tenta Da Sanita expiar esse ‘pecado’ auto-martirizando-se. Sugiro que procure Alberto na instituição de saúde onde actualmente é clínico residente e lhe peça as mais sinceras desculpas. E procure também a Dona Adozinda, a sua professora primária e explique-lhe o sucedido, desta vez com verdade, nem que tenha de recorrer a uma mesa-pé-de-galo. Adivinho distúrbios neuróticos como ansiedade social, compulsões de higiene constante e propensão para a auto-manipulação genital com martelos de bater bifes ensanguentados. Tenho a certeza que coloca os testículos numa mesa e os golpeia com brutalidade com esse martelo, enquanto grita ‘Oh Alberto! Oh Adozinda! Oh Piloto!’ antes de atingir o clímax sexual e ejacular contra o tronco de um freixo. Espero sinceramente que seja apanhado em flagrante por uma patrulha da polícia nessa actividade, mas também que se veja aliviado do seu muito sofrimento (…)
Atenciosamente.
Alberto Marques
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12 comentários:
Dói-te alguma coisa, ou assim?...
Uma coisa é certa, a mim não me dói o cu, ok?
martillo de herejes...
AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH!
Foda-se AdaS, davas um case study do caralho, tu...
Ocorre-me perguntar se a Dª Adozinda não seria a mãe do professor...
As saudades que eu tinha de (me) vir aqui, seus coirões!
"uma grelha de pequenos hematomas dispostos regularmente na cabeça" - é por imagens como estas que nós temos que editar o Assento!!
Creio que o dr. Marques labora em erro quando menciona o tronco do freixo como alvo dos ataques sexuais do assento. Na verdade, foi o sobreiro a vítima. E foi um ataque fúngico, que dizimou uma boa parte do montado de sobro alentejano.
Um gajo abre o coração e publica, com sinceridade, uma história auto-biográfica e mais - absolutamente verídica- e é logo isto: um regabofe do caraças. Francamente.
Como a minha net não funciona e não tenho Facebook, vou fazer umas quadras populares, aqui vão:
EU E O fin0 no CENTRO COMERCIAL
Foi ele ao Pingo Doce
Aviar as precisões
E eu se com ele fosse
Não esvaziaria os colhões.
O fin0 foi-se a um frango
E enfiou-lhe o seu marsapo
A uma empregada da Mango
Eu deixei o cu num trapo.
Esporrou-se numas moelas
E zurziu um pojadouro
Eu fui sacar umas manuelas
Mas tive de bater o couro.
'Vamos para ali conviver'
'Que eu pago-te uma shoarma'
Ao Health Club fomos foder
Mas aquilo foi mau karma.
Nos aparelhos estava o Bock
A muscular os nadegueiros
Ao som de musica rock
Mais os outros paneleiros.
Pesos para cima e para baixo
P´ra ficar c'mó Freddy Mercury
E da gaja desencaixo
E depressa saí dalí.
Vinha o fin0 com os sacos
Das compras, cheios de cenas
Fora pentear macacos
Tinha o cu cheio de penas.
Oh tu que falas do Bock,
sim, tu, oh sevandija!
Táj'é aver s'eu acuso o toque
O que tu queres é uma festa de pila rija
Não vais levar a mal
Os meus sinceros alvitres
Mas vai é pedir um toque rectal
a umas dúzia de biltres
Estavas nos corredor dos congelados
à pergunta de espinafre com queijo
Veio de lá o gajo dos enlatados
Pediste-lhe logo um beijo
Engalfinharam-se entre as prateleiras
do salmão e da pescada
roçavam-se as pintelheiras
cheirava a colónia abichanada
A barba era áspera e cortou
Ainda gritaste mer...!!!
Mas logo a boca c'o nabo ele te tapou
O seu nome era Teddy Bear.
Era tamanho o escarcéu-
o chão cheio de ameijoa do vietnã!-
Cuidavas que estavas no céu
Mas estavas era agarrado à prateleira do soflã
Perante a força de certa estocada
Do bestial e entumescido ursídeo
Ficaste com a bufa lacerada
não se trataria afinal de vigoroso equídeo?
E assim acabou sem mais incidentes
a visita ao Supermercado
ele de colhões dormentes
e tu com o rabo lancetado.
Ainda não li, carai e com este sono também não vou ler, fica para amanhã.
Manda o Alberto Marques levar na anilha... Mas manda atenciosamente, amor com amor se paga.
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