sábado, 16 de julho de 2011

O Frique





  • Rastas velhas de anos e onde a pediculose só não prospera por milagre

  • Fitinhas de ginástica rítmica com uns pesos na ponta para as gajas (e só as gajas) fazerem uma merda qualquer a que aparentemente chamam dança, ora para extorquir cobres a totós, ora para passar o tempo.

  • Falta de higiene generalizada

  • Djambés

  • Odor desagradável a suor com patine de 3-15 dias

  • Didgeridoos

  • Gaia, oh Gaia!

  • Cuspir onde se senta

  • Vegan

  • Percevejos

  • Sarro no pescoço

  • Rafeiros com sarna

  • Apanhar tachadas de Casal da Eira entre ganzas que rodam por 30 bocas que andaram sabe-se lá onde

  • Pulgas

  • Arrastar o cu pelo miradouro de Santa Catarina todo o santo dia privando assim as pessoas humanas daquele espaço

  • Betos a armar ao indigente convencidos que são almas livres

  • brincar com pauzinhos em chamas

  • Rafeiros que cagam onde não devem

  • Bochcechas cheias de pitrol para os gajos (e só os gajos!) irem melgar o pobre incauto que resolveu parar na esplanada a beber um cafézinho

  • Chatos

  • Rafeiros com chagas

  • Carraças

  • Crusty Punks

  • Anilhas dispersas um pouco por todas as partes visíveis do corpo (das outras não sei - nem quero saber), augurando um porvir preocupante quando as carnes começarem a amolecer e a pender por mor da passagem do tempo

  • Manchas de suor nas t-shirts apertadas das gajas, onde também vislumbras uma argamassada e generosa massa pilosa

35 comentários:

Vareta disse...

Tão acintosa sanha
Move o Bock contra o frique!
Tanto ele expõe sua manha,
Tanto ele trai seu tique...

Cheiram-lhe os moços a pitroil,
Cheiram-lhe as moças a extorsão.
Será o frique o gasoil
Da sua falta de tesão?

Apoda-lhe os cães de rafeiros...
Prefere zoofilia com pedigree!
Como chama anjos aos paneleiros
Com que por toda a noite se ri...

Censura-lhes a Gaia ciência,
Intimida-o a falta de asseio.
Assoma-lhe antes a concupiscência
Em rapazinhos de risco ao meio.

Elenca chatos, pulgas, carraças,
Percevejos e leishmaniose;
Rastas, fitas, anilhas, baraças,
Tofu e seitan em meia-dose;

Tudo lhes culpa, nada perdoa:
De Bock ao frique só sai acinto.
Conceito talhado com podoa,
Nu e debruçado sobre o plinto.

Tão denodada sanha
Move o Bock contra o frique
Que não há quem não fique
Com a consciência prenha
De suspeição à gente estranha
Que do Rossio à Praça de Espanha
Passa o dia em despique
Até que um mais pontifique
Coo o epítome do frique
De entre os friques o mais chic
E aquele que mais o Bock pique
Tornando mais alegre a campanha
Para quem como ele se amanha
A sussurrar 'Vem cá, ó piranha!
Barra-me aqui uma pouca de banha!"
Contento vindo de tudo quanto apanha
Por donde às vezes sai castanha
Sua tão infundada sanha

Bock disse...

Ahahahaha!
Infundada mas é os tomates, pá!

Assento da Sanita disse...

E as manchas de suor nas t-shirts apertadas das gajas, onde também vislumbras uma argamassada e generosa massa pilosa.

Assento da Sanita disse...

E ele é um freak chic.

Bock disse...

Quem, o Vareta?
Não é nada, pá. É só assim... esquisito.
Como tu, aliás.
Em boa verdade, não há quem se dê ao trabalho de aqui vir que não seja pelo menos um bocado esquisito...

Vareta disse...

Sou mais weak que freak...

Vareta, orgulhosamente subprivilegiado.

Bock disse...

Prontos, pá, já lá mora.
É uma posta dinâmica, esta.
O que releva é identificar com rigor em que consiste afinal o Frique.

Bock disse...

E quanto a ti, Vareta, nem weak, nem freak.
Quanto muito serás mais sneak que thick as a brick

Assento da Sanita disse...

Foste ao jardim do Adamastor
Comprar chichon a um freak
Saiste de lá num estupor
Tu és um freak, com um tique.

Mamaste num cão sarnento
E tocaste no djambé
O teu cheiro não aguento
E tresandas bastante a chulé.

Foste conviver com os rastas
E comeram-te o arelho
Trataste o cabelo com umas pastas
Parece um pudim de pintelho.

(E chupaste a água pôdre das bases dos guarda-sois, tal era a pedra com que estavas).

ostia disse...

lo que tu tao bem describes, aqui es un "perroflauta"

un friki es:
informatico , higiene estrictamente la necesaria disfarçada con desodorante o ambientadior de pino no carro, unhas comidas, ducati streetfighter cor laranja o rojo pasión, devocion extrema hacia star trek; star wars e por ahi fora merda c'o valha das navezinhas e androidecinhos, vida sexual desconocida, gym , suscripcion a meetic o grupos similares de ciber-engate.
halitosis, t-shits de codigos binarios o space invaders.

Bock disse...

Isso é um 'nerd', ostia.

Vareta disse...

Mas "perroflauta" soa bem. Assim um bocado como "fibrocimento". Gosto de palavras compostas, pronto.

ostia disse...

sim soan bem,ciertamente,a mi me gusta mucho "electroimán"

Bock disse...

Eu cá - apesar de não ser uma palavra composta* - gosto particularmente de "crusty punk".



*não eu, mas sim a expressão a seguir indicada.

ostia disse...

bielorrusia
sacacorchos
tirachinas
sacamocos
quitaesmaltes
pararrayos
buscarruidos
cuentagotas
metepatas
matamoscas
malmequer
limpiabotas
pierdecasas
piedrapomez
ventafocs
rascavirios
pocasolta
cuentahilos
gafapasta
pagafantas
pegamans

Bock disse...

Beravo, Maria!

g2 disse...

Falaram em malmequer???

Há crise???

Bock disse...

A crise é como o Natal: é quando um homem quiser!

Assento da Sanita disse...

Foste à feira do fumeiro
E compraste um salpicão
Enfiaste-o no cagueiro
Esborrachaste o cagalhão.

Três metros de fuet
P´la tripa cagueira acima
E depois bebeste clarete
Com a puta da tua prima.

Bock disse...

O fuet é do pingo doce
é do pingo doce o fuet
Olha o que o pai tAnal te trouxe
Um dildo que se agarra à carpete

Agora nunca mais sais de casa
zumba, zumba na folia, o paneleiro
Já vieram uns técnicos da Nasa
estudar-te a elasticidade do cagueiro

Nada mais importa
Já nem vais comprar comida
O dildo tem cor de carne morta
parece uma tampa de caneta toda roída

Foi desenhado para trabalhar 10 anilhas
Mas tu sozinho dás conta do recado
gastaste tudo num carregador de pilhas
Em vez de comprares fruta no mercado

Bock disse...

Foste passear ao Barlavento
Para dourar a pílula
Paraste para o abastecimento
Arrebentou-te a fístula

Meteste um depósito de 95 octanas
Saiu-te cara, a enchidela
Tiveste de meter a render as badanas
Da patroa e da mãe dela

Começaram a zunir-te os abanos
Já não as podias aturar
Vendeste-si-as a um bando de ciganos
Que ali estava a passar

Já na Via do Infante
Pediu-te boleia uma loura
Vestia um trajar aberrante
Ia pra Marina de Vilamoura

Chamava-se Tatão
E tinha ar de não ser renitente
Quando lhe galaste o bujão
Tinha ar de precisar de detergente

Deste-lhe uma esfrega num lavadouro
Parecia que não se lavava há um ano
Depois meteste-lho até ao piloro
Em plena coutada do macho lusitano

Dum Dum disse...

A não ser para ir às "compras" a Londres ou para ser mordomo nas festas em honra de Nossa Senhora da Rebarba, lá na santa terrinha, não vejo nenhuma razão válida pra tirar férias em pleno mês de agosto.

g2 disse...

Ir às compras a Londres é uma coisa assim um bocado para o abichanado!

Me disse...

Olá, minhas meninas!!!!

Assento da Sanita disse...

Ode á Deusa da Fertilidade e à Terra-Mãe

Olhei-te meio de lado
E subiste um pouco a saia
Tinham um tom meio amarelado
Essas cuecas de cambraia.

Nas virilhas densa floresta
Onde pululavam os chatos
Oh buraqueira funesta!
Orlada por dois coiratos.

As peles pendiam moles
Pelo menos palmo e meio
Inchadas pareciam dois foles
Sendo de pus o recheio.

Não sei se te esfuraque
Não é que seja paneleiro...
Estremeceram com um traque
Pareciam morcelas num fumeiro.

Urinaste-te pernas abaixo
Ensopaste as tuas meias
Nessa cloaca não encaixo
Nunca vi peles tão feias!

Parece que tens uma ratazana
Entre as pernas, que morreu
Nem se apanhasse uma bezana
Nessa fossa metia o meu.

As moscas verdes e larvas
Crias em tal podridão
E és das gajas mais parvas
Que conheço do Pisão (*)

(*) Lar de sem-abrigo para os lados de Alcabideche.

dum dum disse...

Mui esclarecedor asterisco.
Um sem-abrigo, vivendo num Lar, pode continuar a ser chamado de "sem-abrigo"?
E com que legitimidade poderemos continuar a dizer mal dos governos deste país, se até os sem-abrigo vivem num Lar duma terra tão chic, que até tem autódromo, shopping, spa e tudo?
Enquanto uns lêem os poemas adasianos com asco e náusea, imaginando pústulas e fístulas a ornamentar lascivas genitálias de indigentes, a mim regurgita-me a verve sociológico-antropológica.



E siga o chat alentejano*...

(*cinco comentos num mês!)

Assento da Sanita disse...

Passaste férias num spa
Com pepinos nas olheiras
Enquanto eu estive no sofá
A esbrugar as sovaqueiras.

Comeste xicha ao almoço
Eu comi da lata de atum
Do presunto comi o osso
Era velho, cheio de bedum.

Vi o programa da manhã
Com o Goucha a guinchar
E saltei como uma rã
E depois lá fui lanchar.

Comi frango de escabeche
E caldeirada de caracóis
Na pança tudo aquilo mexe
Depois borrei-me nos lençois.

Dormi o sono dos justos
No meio daquela cloaca
Sonhei que estava nuns arbustos
Raspava os colhões com uma faca.

Eram pelos, crostas e gordura
Que depois barrava no pão
Era rija a crôsta dura
Do malfadado colhão.

De tanto massacrar a tomate
Este ficou entumescido
Mas comi a melhor parte
Daquele escrôto que me é querido.

Depois para substituir
Enxertei um túbaro de porco
Mas doeu-me, pus-me a ganir
Até que caí de borco.

Quando acordei tinha dores
E eram quase onze da noite
'Se à Igreja fores'
'O padre dá-te um açoite'.

Era uma voz na minha cabeça
Que assim me acusava
Como uma langonha espessa
No meu cérebro martelava.

Tomei um antipsicótico
E comi uma patanisca
Mas era um anti-micótico
Quem não arrisca, não petisca...

Trocar os medicamentos
Foi fatal para o intestino
Dos meus grandes sofrimentos
Este foi o mais pequenino.

Pois nisto surgiu um polícia
Meneando o 'casse-tete'
Quis-me fazer uma sevícia
Enquanto eu estava na retrete.

Disse que não era gay
Que esquecesse tais pretensões
Se era real, eu não sei
E agarrei-me aos colhões.

Estaria a alucinar?...
Por me ter auto-medicado
Com os alforges a latejar
Senti-me prejudicado.

Depois passei para o bidé
E larguei o resto da trampa
Enfiei na bosta o meu pé
E deu-me fome de tsampa (*)

O terceiro olho abriu-se logo
E vi o meu corpo astral
A ti, Salazar, eu rogo
Pelo Bem de Portugal


(*) Mistura de chá, manteiga de iaque e cevada torrada, que alegadamente se consome no Tibete.

Sheila disse...

Frank Gallagher?

Assento da Sanita disse...

Fui á caça do javali
Fui vestido a rigor
Com as betas convivi
Fui armado em senhor.

Chapéu bávaro e peninha
E bigode revirado
Levei a minha carabinha
E o meu colete encerado.

Vi veados e raposas
Comi uma beta num esteval
Comem-se, não são famosas
Mas dá para o chavascal.

Em boa verdade nem sei
Se era mesmo uma beta
Quiçá um javali esburcinei
Mas o que importa é que o meta.

Ela grunhiu como uma javalina
E pediu-me 'no rabinho'
Lavei-me com Amukina (*)
P'ra ficar desinfetadinho.

Hove merda pelods campos
E pensos com alas espalhados
Ofereci-lhe uma Silampos
E ela fugiu aos brados.

Foi foda com pedigree
Costados e genealogia
Bato uma já aqui
Só de pensar naquela tia.

Dum posidónio ficou grávida
De genes plebeus e pobretanas
De mais fodas no recto ávida
Ali num ermo, por entre as canas.

Rebeintei-lhe a marmita
em pleno ar puro, digo eu
Mas a gaja era esquisita
Porque a seguir morreu.

(*) Desinfectante para saladas

ostia disse...

adas purque en vez dun comento não pones un post?
ja tardas :-)

Dum Dum disse...

Sim, sim!
Uma ode nupcial em honra da Duquesa de Alba, quiçá.

Assento da Sanita disse...

Dediquei-me à cozinha
Cloreto de cálcio e alginato
Caramelizei uma tainha
E esferifiquei um coirato.

Á-braz de hortaliça
E ar de farinheira
Em cama de linguiça
Com redução de cacholeira.

Neo-tradicional
E sem bosta de vaca
Que é muito frugal
Este prato de caca.

Comidinha às colheres
Como manda a sapatilha
Sacas bué mulheres
E rebentas-lhes as bilhas.

Depois torces as cuecas
Para um wok bem quentinho
Vais bebendo umas bejecas
Enquanto frita o coagulozinho.

Se tiver pelos e catotas
É gourmet com o caraças
Acompanha com bolotas
Metidas numa carcaça.

Amendoins bem aromáticos
Passados no sovaco
Faz bem aos reumáticos
E evoca-me o Cavaco.

g2 disse...

A duquesa de alba é boa cumó milho...

Dum Dum disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Dum Dum disse...

Falta um asterisco ali em cima no poema das 15:09h. O que será o "Cavaco"?

Num contexto em que aparecem as palavras "caca", "catota" e "coagulozinho", suponho que seja algo bem repugnante. Nem quero imaginar o que seja!