domingo, 31 de outubro de 2010

Preciso de saber...














...se o IVA das sombrinhas de chocolate da Regina, também vai aumentar!

Alguém está por dentro do assunto?!

Merci.

As merdas de que eu me lembro IIIIIIIIIII...(foda-se, esqueci-me)

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Comme Restus - Brutalisame Coatua Mánica De Pudar

Não calhando, também esta canção me faz recordar certas e determinadas pessoas, que se - em novas - tivessem levado com uma lamparina bem dada na tromba, talvez tivessem crescido como seres humanos dignos desse nome.

Talvez até pudessem ter aspirado - sei lá! - a uma existência banal!

Boas auscultações, e desejos de bom fim-de-semana são os mais sinceros augúrios deste que - abnegada e humildemente - vos transporta para paragens onde a qualidade sonora impera.



Ãtónia, Dáme com giletes daço na boca
Amélia, Dáme com giletes daço na boca
Asdrubalina, Dáme com giletes daço na boca
Enfímia, Dáme com giletes daço na boca
Quadravínia, Dáme com giletes daço na boca
Gengiviolíbia, Dáme com giletes daço na boca
Agromelinda, Dáme com giletes daço na boca
Engiovásia, Dáme com giletes daço na boca
Bostília, Dáme com giletes daço na boca
Ásperes, Dáme com giletes daço na boca
Vulva, Dáme com giletes daço na boca
Ógliománia, Dáme com giletes daço na boca
Matufinésia, Dáme com giletes daço na boca

Brutalisame cuatua mánica de pudar

Engrácia, Dáme com giletes daço na boca
Vezúvia, Dáme com giletes daço na boca
Construfumília, Dáme com giletes daço na boca
Tonásia, Dáme com giletes daço na boca
Esbrugália, Dáme com giletes daço na boca
Angronésia, Dáme com giletes daço na boca
Xispalhina, Dáme com giletes daço na boca
Ferrívea, Dáme com giletes daço na boca
Sucoviana, Dáme com giletes daço na boca
Cotovelónia, Dáme com giletes daço na boca
Ovária, Dáme com giletes daço na boca
Avesprídea, Dáme com giletes daço na boca
Uniculécia, Dáme com giletes daço na boca

Brutalisame cuatua mánica de pudar

De volta aos covers....

De vez em quando, há quem se lembre de fazer as coisas de maneira diferente, sem perder o espírito da coisa...



E estes tipos fazem-no muito bem feito.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Family Guy - Lois Mom Mum Mommy

Sempre que vejo esta pequena pérola, lembro-me dos chatos do caralho deste mundo que, se tivessem levado um tabefe nas ventas a tempo - assim daqueles com as costas da mão e bem puxados cá de trás - se calhar ainda tinham feito deles umas pessoas dignas desse nome.


quarta-feira, 27 de outubro de 2010

terça-feira, 26 de outubro de 2010

U2 - Vertigo (Live in Chicago)

Kanimambo - João Maria Tudela

The B-52's - 52 Girls (by Karmadoza)

Uma mamas bonita mamas canção mamas que mamas dedico mamas ao mamas meu mamas amigo mamas fininh0.

...que eu sei que ele é um grande fã dos B-52's.


Pa Panãomericano

É um mistério saber o que leva as pessoas a fazer certas coisas.

Dize, para além da touca de natação... o que é que tinhas na cabeça, Zeca?


segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Black Lips "Drugs"

Blondie Heart of glass HD

Suzi Quatro - Can The Can (1973)

Restaurador Olex

domingo, 24 de outubro de 2010

Riscas Brancas

Ia meter aqui esta grandessíssima e já intemporal malha seguida de dois covers fsquinhos, mas a verdade é que não vale a pena. Casos há em que vale, mas este não é definitivamente um deles.



sexta-feira, 22 de outubro de 2010

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Diz que...

...há por aí quem goste de motas.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

#1

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Então 'tá bem...

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

LOT E AS SUAS FILHAS



This is a blogger response to Zeca Galhão’s post ‘A divina comédia’

Assim fizeram um pacto em Beer-Seba. Depois se levantaram Abimeleque e Ficol, o chefe do seu exército, e tornaram para a terra dos filisteus.
Génesis 21:32

- Ó papá, beba mais um trago, vá lá, que dá a filhinha…
- Ó filha, mas aqui numa caverna, onde é que arranjaste esta pinga?
-Fermentei certos eflúvios mor de coágulos e fluxos que tenho eu a minha irmã ao mês e cuspimos-lhe para dentro e deixámos a marinar na bilha, papá.
- Bela pinga, sem senhora, tem um toque a Cabernet-Sauvignon ou a Syrah.
- Deve ter sido da caliqueira que apanhámos com o burro que aqui passou no outro dia. E bicheza? Nem te conto. Cocei até ter o vazadoiro em ferida. Deve ser esse o toque especial.
- Posso enfiar aqui neste buraquinho, só um bocadinho, querida?...
- És um velho porco e javardo, com uma barba rançosa, mas podes…er…nesse não, que não sei se a tua semente já aguada e sediça consegue passar a fístula recto-vaginal. Assim não faz filhos, acho eu.
- Faz mas são merdosos…ah ah ah ah!
- Cala-te puta. Vaca de merda! Vá lá pai, enfie lá essa porcaria mal lavada e mole. Mas no buraco certo, ok. Isso. Nesse com mais pelo. O que uma pessoa faz para que não se perca a semente de seu pai e dê origem aos moabitas, Cristo…
- ‘Cristo’, filha o que é isso?...
- Agora sou eu, lambona, passa para cá a picha do velho ó porca. ‘da-se é tudo sempre só para ela, só para ela.
- Toma lá esta merda. Enfia para aí, pode ser que te toque os badalos.
- Ó filhas, não discutindeis por causa da minha...haja concórdia entre irmãs.
- Pôrra, qu´esta merda tá mole…ó velho jarreta, não é nesse buraco, pá. É neste aqui…isso. Agora despacha-te lá.
- O gajo está-se a vomitar todo. Vira-lhe a cabeça para fora da caverna se não fica isto mais sujo do que já está.
-Ai. Estou tão mal disposto, filhas. Preciso de ir apanhar ar.
- Irmã, tens de abocanhar. É a única maneira.
-Está bem. Depois cuspo-te no vazadoiro e conceberás de teu pai, ok?
- Sim. Mas empurra um bocadinho com a língua, lá para dentro para que a matriz receba a semente.
- “Grlog..’
-Eh, pôrra. Vomitou-me as bagas de zimbro do almoço com o vinho para cima enquanto eu estava a abocanhar!...Puta que pariu o velho!...
- Continua, irmã. Olha experimenta apertar-lhe os…a coxa para esguichar mais depressa.
- ‘Ach ´á. A´re aí a e´aita’.
-Ok. Então concebe lá aqui, mas cospe bem lá para dentro.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A divina comédia




Os dois rabetas chegaram nessa tarde a Sodoma. Lot, estava sentado a enrolar uma ganza quando eles se aproximaram.
- Ménes, isto é produto do melhor…veio directamente da Babilónia. Tenho ali dois sabonetes, ainda enrolados em tripa de cabra. Vocês experimentam à vontade e se gostarem, a malta faz negócio. E como está fresquinho, podem abancar aqui esta noite. - dizia ele enquanto mirava os abdominais do mais alto - De manhã, à hora que quiserem, podem partir e continuar o caminho.
- Não, ficamos mesmo aqui na rua. Disse o mais baixo, que era vesgo.
3Mas Lot tanto insistiu que aceitaram e foram para casa dele.
E deu-lhes uma bela refeição. Mandou até fazer bolos sem levedura para comerem.



4-5Quando se preparavam para se deitarem, vieram os sodomitas (os habitantes da cidade), do mais novo ao mais velho, e cercaram a casa, gritando para Lot:
-Traz-nos cá fora esses homens que aí tens. Queremos possuí-los!
6Lot saiu, fechou a porta atrás de si e falou-lhes:
7-8-Meus amigos, imploro-vos que não façam uma coisa dessas, de tal maneira repulsiva! Olhem, tenho duas filhas, virgens. Trago-as cá fora e vocês fazem delas o que quiserem! Mas deixem estes homens em paz, porque estão sob a minha protecção!



Mais tarde, o patrão dos mariconços, que não tinha gostado do haxe, mandou arrasar com a aldeia onde vivia Lot e a sua família.
A custo, lá conseguiram dar de frosques, mas a Srªa Lot, lembrou-se que tinha deixado a canja ao lume e quando se voltou para trás, transformou-se numa estátua de sal.
30Depois disso, Lot deixou a aldeia (Zoar - que era o Bairro da Sé lá da zona), com medo da gente que ali havia, e foi viver para uma caverna na montanha com as duas filhas.



Um dia, a mais velha (que estava a ovular, de certeza), disse à irmã: Em toda esta região aqui à volta não há um só homem com quem o nosso pai nos deixe casar. E ele próprio em breve estará velho demais para ter filhos. Vamos enchê-lo de vinho, deitamo-nos com ele e assim faremos com que haja descendentes e que a nossa família não acabe aqui.33Assim embriagaram o pai naquela noite, e a mais velha foi deitar-se com ele, que aliás não deu por nada, nem quando ela veio, nem quando se foi embora.




34Na manhã seguinte disse à irmã: Pronto! Ontem à noite já me deitei com o pai! Vamos enchê-lo outra vez de vinho para que a nossa família não acabe.35-38E assim chegando à noite embriagaram-no de novo e foi a vez da mais nova se deitar com ele, que, tal como na véspera, não deu por nada. As duas raparigas ficaram grávidas. E a mais velha teve um filho a que deu o nome de Moabe, o antecessor dos moabitas. E o nome do filho da segunda foi Benami, o pai de todos os amonitas

Texto ligeiramente adaptado daqui

HOJE - 23:00 – CULTURGEST - Grande Auditório


best of socrates (2009 - 2010)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

SETE NOIVAS PARA SETE IRMÃOS




Os sinos dobravam lúgrubes e saiu uma golfada de whiskey da boca de James McDowell quando o pousaram no caixão. O velho vaqueiro bebia aos galões, montado na velha pileca, circuambulando sem fim a pradaria de Creek Delaware. Várias vezes caiu do cavalo e foi arrastado insensível e cozido de bêbado, durante horas, aos tombos, batendo com a cabeça nas pedras por ter ficado com um pé preso no estribo. O cavalo frequentemente defecava-lhe generosamente em cima enquanto ele dormia desacordado em pleno deserto por entre pedregulhos tórridos, ressequidos arbustos de sagebrush, cactos e cascavéis. Várias vezes o cavalo, índios e o gado em geral, se tinham aproveitado dele para desenferrujar as vergas e largar-lhe no intestino cargas de esperma. Por isso, McDowell andava de perna aberta, largando laradas esbranquiçadas, aqui e acolá nas largas pradarias do Midwest. O xerife Angus McCain, incitado por Elmer McEweth, o pastor baptista, ainda decidiu dar umas ensinadelas a McDowell, prendendo-o ás semanas na choça e sem álcool. Quando saía, McDowell ia ao saloon de Mattias Everett e emborcava galões sem fim de whiskey. Se o sallon estivesse fechado bebia água-de-colónia da loja de ferragens de Jim ‘Pliers’ O’ Gormman a troco de lhe praticar certas coisas inconfessáveis, mas que lhe agravavam a largada regular de fezes moles e esbranquiçadas pelas pernas das calças. O cavalo tinha pena dele e pastava sozinho e cabisbaixo, entretendo-se a matar cães-da-pradaria a coice. Um dia, a sorte de McDowell mudou. Chegara a Creek Delaware Bill, The Rabit Stuffer um afamado matador de homens, ladrão de gado, pistoleiro profissional e jogador de póquer. Eram seis os homens que o acompanhavam: uma corja de assassinos a sangue-frio. Quando os viu entrar na cidade, o xerife McCain sentiu formigueiro no dedo do gatilho e engoliu em seco. Á sua volta rolavam as bolas de salsola, arrastadas pelo vento. O deserto trazia um odor de morte. Katie McKenn, depois de aviar dezasseis clientes nessa manhã cofiou o buço e tirou catotas do vazadouro e mascando-as pensativamente, disse – ‘Isto não é bom para Creek’- E bebeu mais um gole de aguarrás com um cheirinho de whiskey, bebida da sua preferência. McDowell entretanto surgira arrastando-se de gatas pelo corredor do saloon expelindo arrotos, largando regurgitados de feijão e ventos intestinais. –‘Estou indisposto, Jim, serve-me um trago’. – Disse para o taberneiro. Bill, The Rabit Stuffer fez um sorriso trocista, olhou os cúmplices com um meio sorriso matreiro e passou uma rasteira a McDowell que se estatelou no chão numa poça de merda deixada por um mexicano com cólera que ali apareceu a pedir água e que foi prontamente linchado pelos clientes do saloon. James O’ Courtney não gostou de ver a terceira-idade a ser maltratada e acto contínuo, estilhaçou uma cadeira nos costados de Bill. Um dos seus capangas partiu violentamente uma garrafa no bordo do balcão e asseverou as fuças de James, que pontapeou o capanga no períneo com brutalidade enquanto zurzia uns valentes uppercuts em mais dois. Mesmo o velho James lhes aviava fortes pancadas nas fontes com um cão agarrado pela cauda. No meio de estilhaços, os bandidos saiam à vez pela janela do saloon indo aterrar de borco na selha da água dos cavalos. Como estavam em posição propícia, a população, os cavalos e as mulas de carga de Creek Delaware sodomizou-os e alivou-se-lhes nas amígdalas antes de os cobrir de alcatrão e penas, insultá-los e enforcá-los sem julgamento. Os abutres volteavam por sobre as árvores de onde pendiam os corpos inertes dos bandidos e o velho McDowell tocava na sua harmónica uma velha melopeia irlandesa em cima da sua pileca, enquanto seguia lentamente para o deserto em direcção ao pôr-do-sol e o seu cavalo se urinava nas tocas dos cães-da-pradaria.

FIM

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Ting-a-Ling

Simplesmente genial!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Eu gosto é do Verão.....

segunda-feira, 11 de outubro de 2010


sexta-feira, 8 de outubro de 2010

De como Portugal bateu no fundo e escava para se enterrar mais ou a falta de jeito de alguns homens para cozinhar

Para que vejam o que é uma vida pobre (de espírito), deixo-vos uma notícia na íntegra, que poderão consultar aqui:

Crise: Parlamentar do PS eleito por Braga queixa-se das medidas do Governo
Deputado pede jantar na cantina


"Se abrissem a cantina da Assembleia da República à noite, eu ia lá jantar. Eu e muitos outros deputados da província. Quase não temos dinheiro para comer", afirmou Ricardo Gonçalves ao CM, repetindo o que tinha dito na última reunião do grupo parlamentar do PS, perante as medidas de austeridade do Governo.

03 Outubro 2010

Por:Manuela Teixeira


O deputado socialista, que aufere cerca de 3700 euros mensais, reagiu assim ao corte de 5% que será aplicado de forma progressiva na Função Pública a quem recebe mais de 1500 euros. "Tenho 60 euros de ajudas de custos por dia. Temos de pagar viagens, alojamento e comer fora. Acha que dá para tudo? Não dá", referiu Ricardo Gonçalves para argumentar a sugestão que fez de a Assembleia da República abrir a cantina à hora do jantar.

Ricardo Gonçalves admite que lançou um repto irónico aos colegas de bancada, mas afirma que o assunto é sério, e que a classe política também é muito atingida pelas medidas de austeridade. "Estamos todos a apertar o cinto, e os deputados são de longe os mais atingidos na carteira", reafirma o socialista Ricardo Gonçalves.

O deputado ousou até discutir o assunto com José Sócrates. "Até foi uma discussão muito forte. Disse--lhe que as medidas já deviam ter sido aplicadas há mais tempo e que ele tem de explicar muito bem aos portugueses porque é que as contas de 2010 ainda não estão certas". referiu Ricardo Gonçalves.

La-la-la-la-laaaaaa!



Vá lá!
Sao 7 e meia, amor
E tens d'ir trabalhar

Acordas-me com um beijo
E um sorriso no olhar
E levantas-me da cama
Depois tiras-me o pijama
Faço a barba
E dá na rádio
O Zé Cid a cantar

Apanho o Autocarro
Vou a pensar em ti
Que levas os miúdos
Ao jardim infantil

Chego à repartição
Dou um beijo no escrivão
E nem toco a secretária
Que é tão boa!

(Refrão)

A pouco e pouco se constrói um grande amor
De coisas tão pequenas e banais
Basta um sorriso
Um simples olhar
Um modo de amar a dois (bis)

E áss 5 e meia em ponto
Telefonas-me a dizer:

Não sei viver sem ti amor |
Não sei o que fazer | Ela

Faz-me favas com chouriço
O meu prato favorito
Quando chego para jantar
Quase nem acredito!

Vestiste-te de branco
Uma flor nos cabelos
Os miúdos na cama
E acendeste a fogueira
Vou ficar a vida inteira
A viver dessa maneira
Eu e tu e tu e eu e tu e eu e tu

(Refrão 2x)

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Parabéns, Marito...
















...que tal vai a tia Júlia?!

Um abraço, pá, bem mereces o Prémio e também esta minha homenagem, num blog onde onde falar de malmequeres é visto com maus olhos!

entrar de manhã no local trabalho e ler em voz muito alta

Ó caralho! Ó caralho!
Quem abateu estas aves?
Quem é que sabe? quem é
que inventou a pasmaceira?
Que puta de bebedeira
é esta que em nós se vem
já desde o ventre da mãe
e que tem a nossa idade?
Ó caralho! Ó caralho!
Isto de a gente sorrir
com os dentes cariados
esta coisa de gritar
sem ter nada na goela
faz-nos abrir a janela.
Faz doer a solidão.
Faz das tripas coração.
Ó caralho! Ó caralho!
Porque não vem o diabo
dizer que somos um povo
de heróicos analfabetos?
Na cama fazemos netos
porque os filhos não são nossos
são produtos do acaso
desde o sangue até aos ossos.
Ó caralho! Ó caralho!
Um homem mede-se aos palmos
se não há outra medida
e põe-se o dedo na ferida
se o dedo lá for preciso.
Não temos que ter juízo
o que é urgente é ser louco
quer se seja muito ou pouco.
Ó caralho! Ó caralho!
Porque é que os poemas dizem
o que os poetas não querem?
Porque é que as palavras ferem
como facas aguçadas
cravadas por toda a parte?
Porque é que se diz que a arte
é para certas camadas?
Ó caralho! Ó caralho!
Estes fatos por medida
que vestimos ao domingo
tiram-nos dias de vida
fazem guardar-nos segredos
e tornam-nos tão cruéis
que para comprar anéis
vendemos os próprios dedos.
Ó caralho! Ó caralho!
Falta mudar tanta coisa.
Falta mudar isto tudo!
Ser-se cego surdo e mudo
entre gente sem cabeça
não é desgraça completa.
É como ser-se poeta
sem que a poesia aconteça.
Ó caralho! Ó caralho!
Nunca ninguém diz o nome
do silêncio que nos mata
e andamos mortos de fome
(mesmo os que trazem gravata)
com um nó junto à garganta.
O mal é que a gente canta
quando nos põem a pata.
Ó caralho! Ó caralho!
O melhor era fingir
que não é nada connosco.
O melhor era dizer
que nunca mais há remédio
para a sífilis. Para o tédio.
Para o ócio e a pobreza.
Era melhor. Com certeza.
Ó caralho! Ó caralho!
Tudo são contas antigas.
Tudo são palavras velhas.
Faz-se um telhado sem telhas
para que chova lá dentro
e afogam-se os moribundos
dentro do guarda-vestidos
entre vaias e gemidos.
Ó caralho! Ó caralho!
Há gente que não faz nada
nem sequer coçar as pernas.
Há gente que não se importa
de viver feita aos bocados
com uma alma tão morta
que os mortos berram à porta
dos vivos que estão calados.
Ó caralho! Ó caralho!
Já é tempo de aprender
quanto custa a vida inteira
a comer e a beber
e a viver dessa maneira.
Já é tempo de dizer
que a fome tem outro nome.
Que viver já é ter fome.
Ó caralho! Ó caralho!
Ó caralho!

Joaquim Pessoa

quarta-feira, 6 de outubro de 2010


Rock on, foda-se!



Felizmente, ainda há quem siga a receita de uma boa rockalhada, sem cair nas tretas moderninhas...

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Serviço público

sexta-feira, 1 de outubro de 2010