sexta-feira, 15 de julho de 2011

TEATRO PORNOGRÁFICO NOVECENTISTA DE CORDEL: HAMLET



- Oh bela Ofélia, de flores ornada em refulgentes cores, corres graciosa em prados e bosques, frescos regatos, colhendo ambrósia no Parnasso dos verdes campos da Dinamarca. Quisera eu em teu regaço repousar meu rosto cansado das vãs oposições com teu pai, Túlio Emídio.

- Oh Hameleto, que me namoriscas galante, conhecendo eu bem teus bárbaros intuitos libidinosos de furar-me o tracto traseiro com sórdida e insalubre verga, amassando-me a torcida mas picando-te nas pevides de melancia da Dinamarca que comi ontem.

- Como eu gostava que foras antes viril mancebo, pois meus entusiasmos veneais são mais conformes à condição varonil e outrossim queria eu meu tracto traseiro preenchido a rebentar pela semente da soldadesca, anões de circo, gado muar e asinino.

- Ah estulto Hameleto, que cuidas de tão malsãs inclinações! E eu aqui abandonada ao frémito cuja semente lançaste em minh’ alma e que descendo a meu ventre, aí fez acorrem víscidos humores e lânguidas mas ardentes disposições. Cuidaria poder, por detrás daquela verdejante e salvífica folhagem consumar o venéreo acto, mas deixando intacta minha virtude, pois para o sacro matrimónio me guardo, com Itríblio, o Electricista.

- Ah Ofélia, que te perdes em sensuais desígnios! Guarda essa dupla virtude e ainda a de outros doces orifícios também aptos a fruir das naturais alegrias!

-Sus! Que dizeis, Hameleto? Como posso não me perder no fogo da lascívia, agora que os quentes eflúvios escorrem da minha matriz e sinto suaves estocadas no tracto traseiro, fremente que é de desejo de ser preenchido e alargado até atingir a plena lisura dos dóceis e frágeis hímenes e subir ventre acima até meu colo e assomar-se nas orelhas, esta grossa torcida que desejo ver por ti amassada?

-São delírios de louca, os que proferes, Ofélia! Pois o mesmo desejo eu, com Asdrúbio, o teu bárbaro servo etíope. Que me varasse com o seu grosso e venoso membro escuro e me rebentasse os interfolia até ao ducto do ventre onde os fluidos quentes da sua semente se misturariam com os biliosos fleumas de meu corpo, que tanta melancolia me causam.

- Mas ora, esquecei, Hamleto, vossas inclinações e antes chupai em minha rósea e generosa natureza, que quasi glabra a achareis e se mesmo uma rala pubescência encontrades, estou certa que a achareis mui prazenteira e suave!

-Assim farei Ofélia… smmmurfffblll…

- Oh doces e prazerosos espasmos sinto em meu virginal vazadoiro! Que grande confusão sinto em minhas carnes! Que concupiscências descubro eu, por haveres ora sugado recolhidas e secretas excrescências! Confundo-me Hameleto e parece-me que sinto em meu ventre largarem-se umas gordas massas fedentinosas. Peço-te que não me recrimineis, se em tua franca face de Príncipe as ora largo profusas!

Mas, Oh, doce Ofélia, como pudera censurar-te? Se neste amplexo me acho coberto do fruto castanho de teu doce ventre descuidado!

- Então aqui vão mais.

Oh.

Oh.

Finis.

16 comentários:

Óscar disse...

phlimeilhos!

Bock disse...

Pri...segundos, fodam-se.

g2 disse...

Oh pecador!, que nem as grandes e pias obras da humanidade se salvam da tua pena que molhas nesses fúlvidos nacos merdosos e com ela conspurcas o sublime...

Bock disse...

De posta em posta vais-te ultrapassando em virtude da prosa e sobretudo nos esmegmentícios e escatológicos requintes descritivos.

Parabéns, pois.

Assento da Sanita disse...

Que rápidos. Pensei que isto já estava definitivamente aos caídos.

Assento da Sanita disse...

Sublime...bah.

Óscar disse...

cailhiste dle qulheixos? o qulhé qlhe parplhiste? a bilha?

Bock disse...

a bilha dop AdaS está como a tua óshcrlh: rashlhadlha e sem remendo.


consta, que eu cá não sei.

Bock disse...

...e quem diz a bilha, diz a cantarinha.
Sim, a de cima.

Bock disse...

E ainda: continua aos caídos. Já viste bem quem é que aqui anda?

É só atrasadinhos!

Óscar disse...

xtás atjadsalho? dle espelhanxas?

Bock disse...

Calha-tlhe, calhalho!

Óscar disse...

calho-mle xeu qulhijer. olhó calhalho!

Luis Grave Rodrigues disse...

Eu cá acho que tu precisas de ajuda, pá.
Aí precisas, precisas!!!

Dum Dum disse...

A única ajuda eficaz ao epistológrafo Adas viria de uma troika constituída pela Alexandra Solnado, pelo professor Karamba e por um bom exorcista.

Vareta disse...

Eu gosto muito das miudezas... Aquelas pequenas urdiduras em que eu me rio e desconfio 'este gajo deve ter-se rido à grande com esta'. Coisas como: "Cuidaria poder, por detrás daquela verdejante e salvífica folhagem consumar o venéreo acto, mas deixando intacta minha virtude, pois para o sacro matrimónio me guardo, com Itríblio, o Electricista." Ou a bonita frase publicitária "e se mesmo uma rala pubescência encontrades, estou certa que a achareis mui prazenteira e suave!"

Pronuncio-te um génio e não levarei a bem ser contestado.