terça-feira, 11 de dezembro de 2012

BALADA DE HILL STREET

Miss Davenport levou a mão ao enchumaço que sobressaía da coxa do capitão Furillo. Tratava-se da sua Magnum 44 e não da sarda do capitão, que era minguada, mole, pequenina, mirrada, atrofiada, tinha varizes e peladas que lhe causavam pruridos. O testículo esquerdo, mesmo ao lado do quisto e que parecia um terceiro testículo, era enfezado e também varicoso, com pústulas malcheirosas e que vertiam um líquido amarelado. O períneo do capitão era uma badana encarquilhada, que quando atingia o ânus se transformava numa espécie de monco de peru e fazia a transição para a enorme hemorróida cronicamente inflamada e cheia de fezes secas. Miss Davenport suspirou e decidiu passar ás enormes mamas que o capitão tinha mor de uma desregulação hormonal grave. Normalmente era alvo de chacota na esquadra porque lhe ofereciam soutiens de copa 'A' no Natal e gritavam-lhe nas costas 'ó Furillo, faz-me aqui uma à espanhola!'. Ele até já tinha frequentado, em tempos, um grupo de apoio de homens com mamas. Miss Davenport tinha a sensação de estar a bater pratos com Silvia, a carcereira dos calabouços da esquadra de Hill Street, prática a que se dedicava quando sentia falta de um orgão sexual túrgido que lhe preenchesse o canal vaginal. Silvia tinha um clitóris hipertrofiado por causa das hormonas que Silvester, o dono da loja de suplementos para culturistas, lhe passava por debaixo do balcão. Nesse dia, na esquadra, uma das agentes, Rose Fernandez tinha acidentalmente adoçado o a café com um pó branco que a carcereira Silvia guardava no seu cacifo decorado com recortes da Hannah Montana. Tratava-se de testosterona cem por cento pura sonegada do laboratório ilegal que Silvester tinha na cave, onde também escravizava os chineses. Este composto, como se sabe, tem fortíssimos efeitos no nível da libido feminina. Rose começou por comer Edwart McThynney, o rececionista tetraplégico, ao que se seguiu Tim, o agente hiperobeso e um outro que era um monhé fuínha. A seguir foi para a rua onde se envolveu num gangbang com os 'Los tacos de cerdo', um bando de portoriquenhos, seguido das 'enchilladas de mierda', um bando de mulheres deliquentes adolescentes lésbicas e viciadas em metanfetaminas; depois comeu os 'nachos de polla', um bando de emigrantes de Trinidad & Tobago; depois fez uma geraldina aos mexicanos do bando 'los cuenas mueles'e ficou a escorrer um líquido pastoso das partes que parecia guacamole. Com a vagina lassa como um trapo velho, com as badanas ao dependuro, lá foi ela apresentar-se ao serviço para a ronda do dia. Passava o capitão Furillo e Miss Davenport que iam a caminho de uma audiência na companhia de um delegado do Ministério Público que era secretamente um psicopata torcionário de freiras carmelitas descalças e viciado em heroína fabricada por Silvester num armazém de conservas de peixe no cais de Manhatan onde trabalhavam uns paquistaneses escravizados. Os paquistaneses eram seviciados por capatazes búlgaros enquanto enchiam as sacas de droga à pazada e as carimbavam com um selo que dizia 'bananas of USA'. Por isso, os paquistaneses tinham grandes problemas, nomeadamente aqueles que resultavam da lassidão do esfíncter anal, pelo que se borravam nas ruas de Nova Iorque e era uma vergonha e um nôjo e toda a gente lhes cuspia em cima e os desprezava. Eles, como eram emigrantes ilegais,

aguentavam tudo com estoicismo hindu enquanto mascavam uma chamuça. FIM

12 comentários:

Assento da Sanita disse...

No outro dia, no cemitério
Vi lá o fin0 a passear
Também o vi no Cinema Império
Mas aí estava a rezar.

Caguei dentro de uma campa
E borrei o morto todo
Ao defunto saltou-lhe a tampa
'Vou-me a ti, cabrão! Fodo-te todo!'

Depois enrabei o coveiro
Meti-lhe a sarda até ao baço
O gajo era paneleiro
E galou-me o enchumaço.

Esporrei todas as caveiras
E borrei-me num jazigo
Ainda zurzi duas freiras
que até se lhes espichou o umbigo.

Havia lá umas mortas boas
E com belos traseiros
E umas grandes melôas
E uns quantos paneleiros.

Ddormi depois numa tumba
E tomei o pequeno-almoço
E bati uma:'zumba,zumba'
E depois descobri um caroço.

Era um cancro terminal
Encomendei a minha alma
Neste cemitério fenomenal
Eu tive uma tarde calma.



Assento da Sanita disse...

Depois de morto e enterrado
E de um belo balde de cal
Fiquei ali entediado
Sem a minha vida mental.

Quando eu ainda existia
Podia pensar 'olha morri'
Ia à cona à minha tia
Mas agora feneci.

Estou morto como um carapau
As minhocas passeiam no meu esquife
Posso sempre esbrugar o pau
Com o meu martelo de bife.

Sexo, comida, nunca mais
É fodido ser defunto
Não atrombar umas imperiais
Nem umas lascas de presunto.

Estou à espera que me leve
Deus nosso senhor para o Além
Mas se calhar está em greve
E eu aqui sem vintém.

Nem sequer para ir às putas
Daquelas com broches baratos
Ou comer umas chaputas
E provocar uns desacatos.

Mas que vejo eu ali?...
Fulgurante luz rosada
É deus nosso senhori
Com a cabeça engalanada.

'Anda daí ó monte de trampa'
Diz-me o velhote das barbas
Parecia o Lobsang Rampa
E outras emninências pardas.

Lá fui eu de carrinho
Com os anjinhos a voar ao lado
Eu não acreditava no velhinho
Eu estou deveras espantado!

Só faltava aqui Jesus Cristo
Com a sua mãe a rezarem os dois
Eu morri com este quisto
Agora estou no Céu, pois.









Assento da Sanita disse...

Reencarnei num monhé
Ó má sorte, que mau karma!
Este cheiro a chulé
Parece queijo de Parma.

Fui ao Partido Comunista
Do Sporting vim de burro
Aquele dealer é um chupista
E por isso dei-lhe um murro.

Era a ciganada toda atrás de mim
A quererem foder-me os cornos
Ainda bem que tirei o selim
E me escondi nos altos-fornos.

Está um bocado quente
E fico mais mais escurinho
Mas não me cortem rente
O meu querido pilirauzinho.

Vendi dois molhos de flores
No restaurante 'O Tolan'
Eram umas merdas ás cores
Com um creme de romã.

Fui vender para o Martim Moniz
Mas não me safei muito bem
Os pós brancos para o nariz
Eu fui vender para Belém.

Tocam os sinos na manjedoura
E muge dolente a vaquinha
Acabei na Cova da Moura
A caldar uma quartinha.

Custa ganhar o pão
Fazer broches no Cais Sodré
E ir parar à prisão
É a vida do monhé.






ostia disse...

e porque pones comentos en forma de posts? tas doente ou que?

Assento da Sanita disse...

Hum? A minha net funcional mal. Não consigo ir ao 'outro lado', só aqui. Por isso vou fazendo estes lindos poemas.

ostia disse...

a cual lado? que gosta de ir a outro lado ....ejem ja sabes

Fernando disse...

Só aqui na sanita, só hoje já lá foi estes posts todos.

Vareta disse...

Este gajo é gigante! As enchiladas de mierda...

Escreve, rapaz. Escreve, que a gente paga-te imperiais e wi-fis.

VD disse...


Efectivamente, é obra...

Anónimo disse...

...continuam todos a chupar-mos enquanto são esburcinados á bruta...nestes anos todos...arrrre (clonito)

Anónimo disse...

Sericotalho, bacalhau, azeite e alho
q'este é
um blog do caralho

Anónimo disse...

Antão não é!

Arrebimbomalho
Alevant'a saia
a parreca quer'alho
no campo, cidade e praia

Ai que blogue mai' rico
Ai que blogue mai' fofinho
Tens o cu num fanico
E em tons de azul marinho

Querias as bufas esburcinar,
helas! saiu-te o tiro pela culatra
acabaste a mamar
num cafre da Sumatra

Era alto e musculado
O hálito evocava queijo de cabra
Disseste-lhe que tinhas o rego fechado
Disse-te "Não há cu que não se abra"

E de marradinha em marradona
Lá se te estreou o arelho
Era o Lao-pan Maradona
E não era novo nem velho

Pegou-se-te entranhadamente o gosto
Pelas carnes rijas no canal
Foi isto em Agosto
E que talembres, já levas cent'ital

Oh, ninho de imundícia indecente!
Oh, antro de indigentes perdidos!
O que antes era um canal descendente,
Hoje funciona em ambos os sentidos.