Antígona – Que sabes tu, Ismene, minha irmã querida, de alguma notícia triste ou alegre, da casa de Édipo, desde que tão nefastos acontecimentos se abateram sobre Tebas?
Ismene- De nada sei, irmã minha; apenas sei que Etéocles e Polinices morreram em vão, lutando pelo trono da cidade e que isso aproveita a Creonte, nosso parente por nossa mãe Jocasta. Choro por saber insepulto nosso irmão Polínice.
Antígona – Na calada da noite, hoje vou enterrá-lo, pois de outra forma sem rituais fúnebres, vagueará para sempre o nosso irmão nas margens do Estige, não podendo cruzá-lo nunca com Caronte até ao Hades, onde descansará por fim.
Ismene – Enterremos pois, o cadáver de nosso irmão. Com cuidado, há que iludir os guardas.Sabes que pesa a pena de morte sobre aquele que der sepultura a Polínices?
Antígona – Enterrá-lo-ei com as minhas próprias mãos se for preciso.
Coro – Ah pobre Antígona, que sofres por teu irmão morto.
Na calada da noite, Antígona aproxima-se do corpo semi-putrefacto do irmão segurando uma picareta, por detrás do guarda. Ismene segue mais atrás, à distância, embriagada e largando um rasto aos esses de urina e fezes e rindo-se alto.
Antígona- Calai-vos, Ismene. Que nos ouve o guarda. Por Zeus!...
Ismene – Eu quero que o guarda se foda.
Ântigona abandona a picareta e começa a abrir a cova com as próprias mãos. O guarda estupefacto, queda-se imóvel por momentos e depois agarra-a. Ismene, entretanto, vomita vinho tinto e feijões dentro da cova e por cima do irmão.
Ismene- Ai que estou tão mal-disposta. Preciso de apanhar ar…
Guarda – Ah mulher imprudente! Sabes que te condenas à pena de morte, pois assim o decretou Creonte, teu tio.
Antígona – Esse paneleiro não é meu tio.
Guarda – Mas, se me encheres o pau de açorda eu deixo-te ir.
Ismene sem proferir palavra começa a mamar no pireto do guarda.
Ântigona rouba uma tíbia ainda com carne agarrada ao cadáver de seu irmão e começa a zurzir os entrefolhos, enquanto bocados de pele esverdeados e com bolhas de líquido se lhe colam às bordas da cona. Ismene e o guarda rebolam por cima do féretro atingindo Antígona com uma cabeçada na tíbia, que se lhe introduz pelo útero acima, provocando o aborto da criança de seis meses que gestava, filha de seu irmão Polínices.
Antígona – Ai Jesus! Que se me aborta a criança!
Ismene – Atira-o aí para a cova e vem mas é mamar aqui no Anfiarau que tem uns colhões felpudos que parecem alcatifa.
Antígona puxa o feto da cona e atira-o para a cova com um sonoro ‘ploch’.
Antígona – Pronto. Já está. E a placenta? Que achas que lhe faça? Como-a, como as cabras?
Ismene – Esfrega aqui no pau do Anfiarau para escorregar melhor, que me está a arreganhar a tripa do cu um bocado.
Coro – Ah estultas irmãs que cederam aos instintos veneais e em vão se goram os elevados intentos de sepultar seu irmão Polínices.
Antígona – Oh coro; coirões do caralho…vão comer merda às colheres, ok?
O pano cai com os esguichos de sémen de Anfiarau a saírem da cova e as duas irmãs a limparem as coxas com um lenço de assoar por se terem borrado pernas abaixo, devido a um inconfesso problema congénito familiar de incontinência fecal
FIM do PRIMEIRO ACTO
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
A TRAGÉDIA DE ASSENTO DA SANITA - ANTÍGONA - I ACTO
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25 comentários:
plhimeilhos
Slheglhundosh!
Trlherschlheirlhoslhslhslh!
Einha clhum calhalho eshtlha merdrlha é tlhodlha nlhoschlha!
Bis!
Bis!
Bois!
Vês, doidadella, como interpretas tudo com maldade e má-fé confessa, vês???
snif. Não gostaram...
era homem para chupar os leites todos da rapaziada da selecção nacional
Olha m'ele, fishing for compliments!!!!!!!!
...'ta foder, oh... tragicomediante de trazer por casa!
Sempre com imeeensa maldade e má-fé confessíssima.
Contigo, tem que ser assim. Sempre com 7 pedras na mão, mon.
Cruz, credo. Abrenúncio. :P
E porque hoje é sexta-feira não há direito à velha musiquinha com tradução??!
Foda-se, mais saudosismo que isso só se vieres para aqui falar do Botas, c'um cacete.
Booberella, reza umas ladaínhas à Santa da Ladeira, que isso passa.
Parafraseando uma expressão saudosista tua,...
...abocanha-mos
Minha?
Mau.
abocanhamos sim!!!!
*Ploft!*
Já vais?!
Não tiveste tolerancia de ponto hoje?
hummm...
o helder postiga poime as bórdas anais a pingar
e o guardaredes Eduardo então!!!!
ó lá lá!!!
Gostava de vos deixar um imenso adeus entremeado com desejos de um pazenteiro fim-de-semana.
Tal, porém, não invalida que o Armando Moreira leve na bufa à força toda.
(que tal para saudosismo?)
Ui.
Pazenteiríssimo.
Mas se queres saudosismo também contraponho com minetes (para ti é capaz de ser um tema que te traz saudade, não sei) e bitoques de alumínio.
Vai com aDeus, vai.
e cuidado com a Nato, que anda à espreita.
Bom fim de semana e...
saudosisma-mos...
Raisparta o bules e as pessoas que não fazem nenhum. Era despedi-los a todos, mazé.
Bom fim-de-semana.
'E de repente: vzzzzzzzzzzzzzzzzztttt!'
Espero não ter sido o único a ter apreciado esta comédia clássica grega (ou drama clássico, pois estas tramas dão para os dois lados) do aristofânico Adas.
A ser esse o caso começarei a temer pela minha sanidade mental.
É um clássico! É a glória! É o novo Ésquilo, dotado de um mais profundo conhecimento anatómico e das diversas enfermidades do tracto rectal. É o nosso Assento! O meu Nobel é dele e prontos! Quem mais, senhores, quem mais senão ele teria a capacidade de vislumbrar que toda a essência da tragédia grega reside na angústia de não ter onde limpar o cu depois de defecar?...
És grande! Aleluia!
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