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segunda-feira, 3 de novembro de 2008

pontapé nos colhões com jaculação verde... ou não, conforme a combinação dos liquidos despejados

A catarse, mediante uma série de casos que suscitam o emborcar a mixórdia que é o bagaço diluído em cerveja, ou pisamg ambom com absinto, tem por efeito, quer dizer, alivia e purifica a alma!!! Por conseguinte, O “Sai já uma rodada de pontapés na cona..." é prazer, é desafogo, é alivio, é libertação daquela compaixão que, retida antes e como congelada entre as sombras de um par de tomates tomados pelo destino, irrompe naquele momento e exulta frente ao irreparável.

Na realidade, a cultura do “pontapé na cona”, com a qual se identificam catarses poéticas e musicais de muitos lisboetas e arredores, poderá ser aqui apresentada como uma operação orgiástica, mediante a qual as porcalhonas e os porcalhões encontraram desafogo para as suas paixões (a orizicultura “doce”) e, em consequência disso, andava tudo bêbado, aliviado e alegre. trá, lá, lá, uma cona, tri, la, duas conas...

Frágil, mesmo ali em frente, sitio onde a concentração da atenção na palavra “supositório”, levou a que muito boa gente hoje em dia se exprima paradoxalmente em relação ao conceito de prazer próprio. Daí a saudável debandada dos “gajos que são sempre a mesma merda” para o campo. Trá, lá, lá, ri, la, três conas...

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

pontapé na cona

Há dias fui ao Bairro Alto… “festa???” no Frágil

Eu também gostava de ir à festa no Frágil, mas chego 20 anos depois. Não sei é se gostariam de me ter por lá. Claro que não me apresentaria sozinho, chegaria com grupo de fundadores, retirados da naftalina. Passaríamos primeiro pela Tasca Azul (essa que os parvenus chamam, literais, Arroz Doce) onde beberíamos, a desafio da velha Alice que a Rosa já lá não deve estar, umas rodadas valentes de "pontapés na cona" (como da última vez que lá entrei, 1994, natais, mais de 10 anos depois de lá ter ido pela última vez, rodeado nesse dia de 7 sobrinhos "a mostrarem-me o Bairro Alto", e logo a ex-tia aos gritos ao ver-me a assomar à porta, "óóóóó homem!!!!, há quantos anos!!!! Sai já uma rodada de pontapés ..." para o balcão, e os sobrinhos e as sobrinhas a olhar para mim, esgazeados, que à espera de tanto, apesar do tudo, não estavam. Nem eu, confesso, num esgar de "ixe, que bandeira". A desse dia, mas acima de tudo que grande estendal devia(mos) ter feito in illo tempore.Se tivessemos tempo iríamos depois ao Estádio ver os putos (mas só por ir, por ser dia de refazer velhos trajectos, que aquilo para além do quadro nunca teve nada), desceríamos ao B'artis ver a Paula, dado que o Judeu se ausentou de vez, resmungaríamos que o raio do Targus é uma merda a querer-se chic (malditas cadeiras, raio de jornalistas enfatuados amais os publicitários), rir-nos-íamos dos tempos de um tal de Juke Box/Rock House ou vice-versa que já não lembro, coisas até de acabar por lá, enquanto detestaríamos a Tertúlia a não ser as tostas, recusaríamos o cinéfilo do Majong e nem os matrecos jogaríamos, lamentaríamos o já não dos Lábios do Vinho, fumaríamos umas coisas estranhas junto de vários caixotes de lixo da Diário de Notícias ou adjacentes, contestaríamos o estado lamentável do BA de hoje e das novas gerações, coisa sem jeito, aportaríamos aos Pastorinhos (reaberto, disseram-me os tantans) à procura do Eduardo e do Hernâni que não sei se ainda andam por lá, beberíamos ainda mais cálices de rajada, interromperíamos a noite para ir picar o ponto ao Frágil, interrogarmo-nos sobre o raio de porteiro que não tem, decerto, a pinta do Alfredo. Se nisto tudo ainda estivessemos de pé alguns dos meus amigos assumiriam, histriónicos, pérfidas identidades. Logo depois, quais Bijagós, regressaríamos mal-vistos (que estes gajos "são sempre a mesma merda") aos Pastores ouvir o melhor funk do mundo.
Não há fígado e coração para tanto? Nada disso. Apenas porque há que saber sair com dignidade, ainda no apogeu. Dar lugar aos novos. Com a nostalgia de que no nosso tempo é que era. Mirando(-as) de soslaio