Era uma vez uma gaja boa, que ia a atravessar o Martim Moniz fora da passadeira, direita ao Centro Comercial Caril para comprar papadams com cominhos, noodles chineses de carne de vaca e umas chamuças de carne de ra..., PERDÃO, DE VACA, da tasca do Sr. Raji Charmutakir.
Fagundes Calábrio, pedinte coxo, cego de uma vista e vesgo da outra, sem um colhão (vendeu-o por 15 dias de almoços a uns senhores de uma cervejaria na Almirante Reis famosa pelos túbaros de carneiro que servem à clientela) e com fissuras anais de comer os restos das tascas africanas do Centro Comercial da Minoria e que as curava com cataplasmas de óleo de palma e umas ladaínhas de uma velha que dormia ao lado dele debaixo das arcadas, e que conhecia o sítio como as palmas das suas mãos, cabeludas de tanto escamar o besugo como se não houvesse amanhã enquanto observava as freguesas africanas do centro Comercial a menear as ancas e coçarem o sarro dos refegos, estava à coca, pois tinha acabado de ver passar o 28 apinhado de turistas e carteiristas.
O guarda-freio, que estava a tentar sacudir uns putos que iam à pendura, enquanto procurava - perturbado - explicar a uma turista checa de calções enfiados pelas bordas e que fazia jus como poucas outras à expressão 'camel toe' que não lhe podia trocar 50 euros para comprar um bilhete de eléctrico, ia distraído com tudo isto e com a baba que lhe escorria à vista das bordas da turista, e Fagundes, rato velho da zona, percatou-se disso.
Rápido como uma flecha, pegou no ramo de árvore que lhe fazia de muleta, encaixou-o debaixo do braço, tendo tido o cuidado de calçar o sovaco com meia lista telefónica por causa dos hematomas que o ramo lhe causava, e apertando as calças, fazendo um nó de sapato com o garrote que tinha encontrado abandonado junto a um local habitualmente frequentado por toxicodependentes, voou ao pé coxinho em direcção à gaja boa, dando-lhe um pontapé digno de um Chuck Norris ou de um Steven Seagal, com a perna boa, claro, que a projectou energicamente em direcção ao passeio, onde aterrou numa poça de um líquido algo fétido e amarelado que estava a ser lambido com asco por dois rafeiros pulguentos só naquela de ver se aquilo se conseguia ingerir.
Apercebendo-se do que o indigente por si fizera, com o rosto inundado de lágrimas e o resto do corpo ensopado no tal líquido algo fétido e amarelado, e a felicidade de quem ganhou a taluda estampada no rosto, agradeceu a Fagundes Calábrio, ao que este retorquiu com um ainda vago sotaque que se lhe colou ao palato desde os tempos do seminário em Viseu: Obrigada, não, baiss'ass calssinhass! E a gaja boa, agradecida, numa artéria da capital que se dirige à Mouraria, e entre uns caixotes de papelão, baixou-as.
terça-feira, 20 de julho de 2010
HISTÓRIA DE ENCONAR
Etiquetas:
Histórias de Enconar
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60 comentários:
Que história tão bunita!
É o que dá deixarem antigos combatentes postar aqui. Isto é o fim, minha linda amiga, o fim.
Hã?
Na peida como se não houvesse amanhã, cat-groomer.
HÃÃÃ?
Ainda não li, mas já vi a Mary, the lamb keeper.
Já lá vou.
Tá difícil.
chOURIÇO
na tasca com três impes, um pratinho de caracois um guardanapo de papel e uma bic laranja ponta fina, as colunas ranhosas a debitarem uhf... e temos um bock todo inspirado...
(deves é ter gamado esta merda do carro do Ribeiro)
Pá, pela descrição o Fagundes até podia ser o AMR.
Mas em jeitoso.
HÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃ?
Devo ter o quê?
Ai o caralho, mom, que tá o caldo entornado!!!!!
Tásmá cusar de ser ladrão, cabrão do caralho?
Olha que já me chamaram menos que isso e não viveram para contar, caralho!
Não te admito essa emrda ouviste, oh filha da puta?????
(a olhar de lado): Ai o caraaaaaalho!
Pronto, bockinhas, pronto. Não é preciso deixar de ser uma senhora.
Foda-se, fininh0, agora muito a sério: tu estás a dizer que as minhas palavras saídas de um jorro, na sequência de um bem regado almoço num indiano do Martim Moniz... se assemelham à prosa do AMR?
Tu já viste bem o grau da ofensa vil e torpe que me estás a dirigir, grande cabrão cruel e insensível????
O Fagundes também podias ser tu... ó gonçalves!
O texto está impecável, no género, claro...
Os gajos estão é com inveja.
tá bem pronto, bock, o texto é lindo e não tem nada de A. Ribeiro, claro (era eu a brincar)... caga nisso, não chores mais!
E tu cala-te oh ex-seminarista com ar de fã dos heróis do mar, major alvega de pacotilha (esta é pr causa dos óculos à Tom - top gun - Cruise), que vais aviado com umas festinhas com as costas da mão, já a seguir ao outro!
ex-seminarista é o maronês, não é? do semonário do Marão
É um bocado adasiano, coitado (do texto, quero dizer, o outro já não tem remédio), mas foi de chofre, com uns pequenos ajustes. Fazer o quê, se só me saem merdas destas da cabeça?
e fininh0, é tudo o que tu quiseres, pá. O AMR é que não, foda-se.
(RRRUAH DO CÁRMOHHHHHHH)
Não, não é. Ex-seminarista é ali o rabicholas barbudo e cabeludo.
eu se fosse a ti ia lá abaixo beber mais um bagaçito ou dois...
O rufinO é mesmo calhau, dass... Um calhau com olhos!
... e leva o xóriço contigo e dá-lhe ginja... com eles.
A ginja do Rossio estava cheia de bifes a fazer fila.
Ouvi um dizer que estavam ali há 2 horas à espera de novos barris, porque de manhã tinha estado lá um senhor que tinha bebido tudo, com 196 Kg, ar de paneleiro e que, alegadamente terá afirmado que odiava "the alentejanians".
(o panão tá sob o efeito de Anis del Mono)
joderrr, veo con grande alegria de espiritu que o adas ha creado escuela.
que bom! ya era hora de una bocanada de aire fresco en la literatura iberica de principios de XXI
e berrava estridentemente; "AGORA, EU SOU UM CAVALO DE CORRIDA"
Não é escola, é que aquilo aconteceu mesmo!!!!!!! Pelo menos na minha cabeça, foda-se, e o que se passa dentro é como se passasse fora.
...não tenho A culpa, ostia, caralho.
hummm... generación ostia
(dá a rata dá...)
não te excuses que a mi me pasa lo mismo , pero não escrevo: digo-lho pela rua que é bem pior
Claro, existe a teoria que tudo o que se escreve passa a existir num qualquer mundo paralelo...
.. ou nas reunioes de condumios.
ay ay, desculpem ,que eso me saiu da cebeça sem pensar
é arte & inspiração
e por cima noutro idioma que nao é o meu habitual
como la niña del exorcista ,
da-se
... e tudo o que se pensa e diz também... por exemplo: eu quando digo que apalpei as mamas à ostia, é porque apalpei mesmo.
te odio
(ainda não consegui foi sacar-lhe a rata... mas um dia destes digo que a papei e pronto.)
quem tem fome sonha com pão...
ahahahahah que boi!
ostia, dá-lhe um pontapé nos colhões!
eu sonho com a tua rata... que se foda o pão
... ou então dá-me o teu empadão... dás? (em vez da rata)
Empadão de bacalhau? Bem bom.
... com broa.
...e azeitnonas curadas.
Querias...
nããã... enguias mete-as no cu
Não é preciso mandar-te, mas prontos, aqui vai:
rufinO, vai levar dentro do cu!
vai tu
Não vou, pá, não vês que eu não sou paneleiro??!!
Hello!!! Tecla 3!!!
então deves ser jardineiro... sempre de cu pró ar
És um paneleiro teimoso, leva lá a bicla e fode-te contra uma esquina.
Devagarinho, claro. Não quero o teu mal, pá, para isso já bastam os espelhos que agrides diáriamente.
bebe mais um copo de Anis del Mono que já tá a passar-te o efeito...
e...
VVVRRRRRRRRRUUUUUUUUUUUMMMMMMMMMMMMMMMMMM...
Lá vai o gajo com a vuvuzela... Ganda maloko!
Já li a tua pérola literária, Cocas.
Para além de não ter percebido o que queria a checa, senão andar à solta na coutada do macho latino, a conclusão é óbvia: quem anda à chuva 8doirada), molha-se.
E agradece.
Tem o seu quê de AdaS, em.
Mas tá fish.
chOURIÇO
Eu também acho que o bock e o adas são parecidíssimos, a cara de um é o cu do outro. Chapadinhos!
Isso, FêPêMê, é a confissão do facto de já teres visto o cu de um deles. Ou de ambos.
Nem quero imaginar em que circunstâncias o fizeste.
Belhéque.
chOURIÇO
Depois dos últimos casos, o Isaltino e agora os Máfia-loureiro, podemos concluir que há muita gente incompetente a trabalhar para a Justiça.
Normalmente, o MP acusa inocentes (vide casos citados), e andamos anos a perder dinheitro com julgamentos-fantoche para depois dar na inocência dos senhores.
Coitados, submetidos à vingança de uns quantos que detêm o poder judicial e que tentam fazer a folha a quem lhes apetece.
O MP não sabe acusar, os juízes não sabem julgart e os arguidos são sempre inocentes até prova em contrário.
A prova em contrário é que nunca aparece.
Foda-se lá, vou mas é dedicar-me à corrupção como o Domongos Névou, a papar criancinhas, como o Paulo Pedroso, a receber luvas, como o Isaltino, a combinar resultados, como os Loureiros, a afundar um banco como o outro, a papar um banco, como o Dias Loureiro, meter dinheiro aoo bolso, como o nosso Primeiro, a gamar impunemente gravadores, como o Ricardo Rodrigues, a criar empresas Emáudio, como o Mário Soares, a receber malas de dinheiro, como o António Preto, a ser pago em caixas de robalos, xomo o Armando Vara, a combinar pagamentos de vinte quilómetros, como este último, a reclamar por u Ferreira o Amaral estar na Lusoponte quando tinha sido ministro há dez anos atrás e depois vir aceitar um ligar na Mota-Engil sem olhar para trás, como o Jorge Coelho, a andar a chatear toda a gente porque quer ir a Paris nos fins-de-semana e dpois fugir aos impostos, como a Inês de Medeiros e por aí, e por aí, que é o que faço melhor, cona.
chOURIÇO
Boquito, eu sabia, sempre desconfiei, que havia mais Boquito além do Boquito que anda de tabuinha... E não me enganei, caralho!
Cala-te, pá.
Nâo vês que este berloque acabou?
chOURIÇO
...............FIM.................
AHAHAHAHAHAHAHAHAH!
Boa, fin0!
chOURIÇO
Até amanhã.
chOURIÇO
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