A primeira coisa que vi quando entrei foi um póster emoldurado com bebés vestidos de fruta enfiados numa cesta. Percebi logo que a coisa ia dar para o torto. O escritório era uma sala reles com duas secretárias encostadas à parede e voltadas uma para a outra. Ao fundo, havia uns arquivadores de chapa e uma porta, possivelmente para a cagadeira.
A gaja sentada por baixo dos bebés viu-me entrar, mandou-me sentar e pediu para esperar um bocadinho. Rabiscou uma merda qualquer com uma esferográfica infantil durante uns minutos e só depois se dignou a olhar para mim. Entreguei-lhe a papelada. Leu as duas primeiras linhas da página da frente e fingiu ler o resto. Não se deu ao trabalho de ler a segunda página e ainda bem porque eram só hobbies e interesses inventados para encher.
Disse qualquer coisa como: «Engenheiro, hã? Vai ver que o trabalho tem muito a ver com a sua formação.” O trabalho era arquivar facturas e guias de encomenda numa empresa de venda de sanitários. Podia ser uma merda, mas só esperava louça de primeira para dar conforto no arreio do calhau. Quanto a ter muito a ver com a minha formação, era outra história.
Para começar, não lhe chamaria formação. Fui criado por uma tia que sempre me meteu na cabeça que havia de ser engenheiro. Não lhe importava de quê, desde que fosse. Era um fetiche que tinha. Deve ter andado enrolada com um engenheiro, que lhe escapou e a deixou solteirona e um bocado puta. Porque me sustentava, lá acabei por lhe fazer a vontade e escolhi a engenharia mais cagativa que encontrei: engenharia de materiais.
Não era má a velha. Nunca atrasava a mesada e estava-se nas tintas para a hora a que chegava a casa ou para as companhias. As dela eram sempre muito piores. Uma vez, apanhei-a a espreitar pelo buraco da fechadura enquanto tomava banho e tive de começar a pendurar as cuecas na maçaneta para lhe tapar o panorama. Se queria espectáculo, que o pagasse.
Acabou por não aproveitar durante muito tempo o sobrinho engenheiro porque morreu um ano depois de trazer o canudo para escarrapachar no móvel da sala. Morreu é como quem diz. Escorregou na banheira e bateu com a peida. Partiu um osso qualquer do cu e ficou entrevada. Uns sobrinhos de outro irmão pregaram com ela num lar e para lá está, acho eu. Dizem que só se baba. Até a ia visitar, mas essas merdas metem-me um bocado de nojo.
Voltando à história de o trabalho ter a ver com a engenharia de materiais, as facturas e as guias eram feitas de papel, que era um material. E os sanitários eram também feitos de materiais. Nessa parte, a gaja até acertou. Era feia como um cagalhão enfiado dentro de outro cagalhão e cheirava a desinfectante de sanitas. Na cabeça dela, devia achar que cheirava a Chanel Nº5, mas não. Era a WC Pato.
Tinha umas mamas que pareciam dois caniches mortos enfiados pela camisola abaixo. Mamas também eram um material. Uma parte da Muralha da China foi construída só com mamas. Aprendi isto no curso de engenharia. A sério.
Disse-me que ficava à experiência e mandou-me sentar na secretária do outro lado para começar a ordenar facturas por ordem de antiguidade. Perguntei-lhe se as queria ordenadas por ordem crescente ou decrescente e fez-me um sorriso de “tens a mania que és engenheiro, mas já te fodi”. A seguir, explicou que “por ordem de antiguidade” queria dizer de acordo com os anos em que tinham sido passadas. Pensei que o oxigénio não lhe devia chegar bem ao cérebro com aquele mamaçal todo por cima dos pulmões e não insisti.
Depois é que foi o caralho. A meio da tarde disse que estava quase na hora de chegar o Joãozinho. Ainda pensei se Joãozinho seria alcunha para alguma coisa porca, mas a tipa já devia ter passado a menopausa. Não perguntei nada, mas explicou-me na mesma que o Joãozinho era meu colega e chegava mais tarde porque tinha aulas. E lá se descoseu a dizer também que era filho do patrão.
Quando o Joãozinho chegou, pousou a mochila do Homem-Aranha num canto e sentou-se a meu lado na secretária enquanto eu me ocupava a apanhar o queixo do chão. Além de ser filho do patrão e de ser um rapaz estudioso, o Joãozinho era também claramente atrasado mental. E cheirava a merda.
Pegou nas facturas que tinha acabado de ordenar, cortou o molho ao meio como se estivesse a dar cartas, pôs umas por baixo e outras por cima e baralhou-as todas. Depois voltou a pô-las à minha frente, com as arestas muito bem alinhadas. Olhei para ele com a boca aberta e sorriu-me como um chimpanzé. Olhei a mamalhuda e vi-a também a sorrir feita parva. Podia começar pior?
Podia. O Joãozinho acabava de soltar um peido daqueles que cheiram a repolho cozido demais.
A gaja sentada por baixo dos bebés viu-me entrar, mandou-me sentar e pediu para esperar um bocadinho. Rabiscou uma merda qualquer com uma esferográfica infantil durante uns minutos e só depois se dignou a olhar para mim. Entreguei-lhe a papelada. Leu as duas primeiras linhas da página da frente e fingiu ler o resto. Não se deu ao trabalho de ler a segunda página e ainda bem porque eram só hobbies e interesses inventados para encher.
Disse qualquer coisa como: «Engenheiro, hã? Vai ver que o trabalho tem muito a ver com a sua formação.” O trabalho era arquivar facturas e guias de encomenda numa empresa de venda de sanitários. Podia ser uma merda, mas só esperava louça de primeira para dar conforto no arreio do calhau. Quanto a ter muito a ver com a minha formação, era outra história.
Para começar, não lhe chamaria formação. Fui criado por uma tia que sempre me meteu na cabeça que havia de ser engenheiro. Não lhe importava de quê, desde que fosse. Era um fetiche que tinha. Deve ter andado enrolada com um engenheiro, que lhe escapou e a deixou solteirona e um bocado puta. Porque me sustentava, lá acabei por lhe fazer a vontade e escolhi a engenharia mais cagativa que encontrei: engenharia de materiais.
Não era má a velha. Nunca atrasava a mesada e estava-se nas tintas para a hora a que chegava a casa ou para as companhias. As dela eram sempre muito piores. Uma vez, apanhei-a a espreitar pelo buraco da fechadura enquanto tomava banho e tive de começar a pendurar as cuecas na maçaneta para lhe tapar o panorama. Se queria espectáculo, que o pagasse.
Acabou por não aproveitar durante muito tempo o sobrinho engenheiro porque morreu um ano depois de trazer o canudo para escarrapachar no móvel da sala. Morreu é como quem diz. Escorregou na banheira e bateu com a peida. Partiu um osso qualquer do cu e ficou entrevada. Uns sobrinhos de outro irmão pregaram com ela num lar e para lá está, acho eu. Dizem que só se baba. Até a ia visitar, mas essas merdas metem-me um bocado de nojo.
Voltando à história de o trabalho ter a ver com a engenharia de materiais, as facturas e as guias eram feitas de papel, que era um material. E os sanitários eram também feitos de materiais. Nessa parte, a gaja até acertou. Era feia como um cagalhão enfiado dentro de outro cagalhão e cheirava a desinfectante de sanitas. Na cabeça dela, devia achar que cheirava a Chanel Nº5, mas não. Era a WC Pato.
Tinha umas mamas que pareciam dois caniches mortos enfiados pela camisola abaixo. Mamas também eram um material. Uma parte da Muralha da China foi construída só com mamas. Aprendi isto no curso de engenharia. A sério.
Disse-me que ficava à experiência e mandou-me sentar na secretária do outro lado para começar a ordenar facturas por ordem de antiguidade. Perguntei-lhe se as queria ordenadas por ordem crescente ou decrescente e fez-me um sorriso de “tens a mania que és engenheiro, mas já te fodi”. A seguir, explicou que “por ordem de antiguidade” queria dizer de acordo com os anos em que tinham sido passadas. Pensei que o oxigénio não lhe devia chegar bem ao cérebro com aquele mamaçal todo por cima dos pulmões e não insisti.
Depois é que foi o caralho. A meio da tarde disse que estava quase na hora de chegar o Joãozinho. Ainda pensei se Joãozinho seria alcunha para alguma coisa porca, mas a tipa já devia ter passado a menopausa. Não perguntei nada, mas explicou-me na mesma que o Joãozinho era meu colega e chegava mais tarde porque tinha aulas. E lá se descoseu a dizer também que era filho do patrão.
Quando o Joãozinho chegou, pousou a mochila do Homem-Aranha num canto e sentou-se a meu lado na secretária enquanto eu me ocupava a apanhar o queixo do chão. Além de ser filho do patrão e de ser um rapaz estudioso, o Joãozinho era também claramente atrasado mental. E cheirava a merda.
Pegou nas facturas que tinha acabado de ordenar, cortou o molho ao meio como se estivesse a dar cartas, pôs umas por baixo e outras por cima e baralhou-as todas. Depois voltou a pô-las à minha frente, com as arestas muito bem alinhadas. Olhei para ele com a boca aberta e sorriu-me como um chimpanzé. Olhei a mamalhuda e vi-a também a sorrir feita parva. Podia começar pior?
Podia. O Joãozinho acabava de soltar um peido daqueles que cheiram a repolho cozido demais.
Nota: O original está aqui
245 comentários:
«O mais antigo ‹Mais antiga 201 – 245 de 245É como o embraia nadams.
ahahahaha.
Pracaso curto totil o Hidin' from love.
Oh, Boobs, ainda bem que foste tu a corrigir o corrector...
:)
Can't start a fir without a spark
This gun's for hire
Even if we're just dancing in the dark
Olé!!!
Ah toira linda!
toro*!
*Atum, em japonês
toro de madeiro*
*vibrador do Zeca
Não é a mesma música, definitivamente. Aqui na minha cabeça passa outra.
chOURIÇO
O chOURAS está a abichanar há mais de meia hora! CHAMEM O CAMPINO!
O chóras 'tá armado em sensível.
deve ser pra impressionar...
Foda-se, mas quak sensível?
Agora o DJ mudou de música e tá a apassar o Mamma Mia.
Quem é que controla isto?
Acho que tá em modo aleatório.
chOURIÇO
E mais facilmente impressionava os gajos e os travecas do que as parcas gajas que aqui andam.
Foda-se.
chOURIÇO
Eu, enquanto digno/digna representante dos Travecas respondo:
Não, não impressionas.
Restam-te os gajos.
Incha, Pacheco.
tás mal servido: tou cá eu e de ti a única coisa que quero é distância. Muita distância.
Estúpido.
Foda-se lá para o Thali de vegetais. Tenho fome!!!!!
Olha, Memé, agarra aqui a ver se eu deixo.
chOURIÇO
Eu fiquei impressionado com tanta mariquice nojenta.
Quak?
Mamma Mia?
:D
Zeca: "O gugu enfiou-me um extintor no cu"
chOURAS: "Ai, estou com uma música na cabeça... não, não é essa... essa também não..."
Foda-se lá, atinem!!!!!!!
Há aqui heterossexuais que não querem ser confundidos com essas paneleirices, caralho!!!!
Se me disseres que és heterossexual e que não queres ser confundido com paneleirices, FêPêMê, só vou fazer uma coisa: cair da cadeira de tanto rir.
chOURIÇO
Também acho, foda-se lá!
Fofo, passa-me aí a lima das unhas naquele calo do esfíncter, se não te importas.
Mas, mal pergunto eu: se te consideras heterossexual, FêPêMê, como é que as alegadas paneleirices te iriam confundir?
Mostravas o rabo em vez de andares à procura de cona?
Saltaste do armário com força, hem?...
chOURIÇO
chÓRINHAS,
Deixavas, pois. Mas é melhor não. Depois não querias mais nada e era uma chatice.
ahahahahah
xóriço d'oliveira matos
tem chatos na pintelheira
caiu da cadeira abaixo
e partiu a tomateira
Babes,
Fiquem bem que eu vou para os copos à beira-rio.
Já chega de bules.
Allez hop!
Terá saltado, mas ao menos nao bateu com a cabeça no tecto como tu.
:D
Me, podias exorcizar aí o chOURAS, pá...
Foda-se, travecas não, obrigado.
Até logo, que agora não posso confraternizar.
Cona, pá.
chOURIÇO
Uma cona e uma pá... Enterraste isso de vez?
Booberella does zona ribeirinha a montante and zona ribeirinha a jusante.
Vai pla sombra, mori, e já sabes, quando só houver sol à vista podes sempre ajoelhar e abrigar-te à sombra aqui da barriga de cerveja!
ahahahahah!!
Bem vou ver a bola...
Por falar nisso - Bock, onde é que... esquece!
Vou ver na cona da tua... ah, ok, esquece...
Ok, pensei que ias antes ver no plasma de 3 metros, na cona da tua querida... esquece, foda-se!
Acho bem, senão tenho que ir outra vez ao Norte e desta vez ia ser com um facalhão à Rambo, daqueles com 2 legumes.
Calem-se, caralho.
Vão ver a bola, vão...
chOURIÇO
Vai tu, estúpido.
Parvalhão.
...e a Repimpa, que é dela????
Olha, prontos, vou mimbora.
...em calhando vou ver a bola.
estou aqui, bógue. que me queres?
Tarde piaste, estrelipa.
Ui.
Só falta aparecer aí o gêputo a perguntar pelas maminhas da Pepina.
chOURIÇO
240 comentários????
bock, caralhostafodam, pá. acho fofinho andares sempre à minha procura e ainda por cima sem pedires fotos minhas, nua, mas já começo a ficar ligeramente fodida por me deixares sempre a falar sozinha.
ferlimpa, claro está, não é aqui a menina.
Sozinho falo eu, olhó caralho.
chOURIÇO
ainda se trabalha, chouras??
Pois, mas tou quase de saída.
chOURIÇO
E pronto, tou mesmo de saída.
Até amanhã.
chOURIÇO
F5.
Só para a Felimpa não ficar para aí toda assanhada a falar sozinha.
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